sábado, 16 de março de 2013

Mesa!

Mesa! O que lhe vem à mente quanto lê essa palavra? Na minha aparece a mesa da minha casa: uma mesa grande que fica na varanda com dez bancos, onde sempre fazemos nossas refeições em família. Como a mesa é grande, sempre há espaço para mais gente! É uma alegria ter amigos e parentes comendo conosco ao redor da mesa. E se há mais que dez pessoas não é necessário preocupação, já que na varanda há mais e mais locais ao redor da mesa onde se pode tranquilamente assentar com seu prato no colo e comer (a não ser que se seja uma pessoa cheia de frescura). 

 Assentados na mesa ou ao redor da mesma nos alimentamos, conversamos, oramos, brincamos (principalmente jogos do tipo Uno, adedonha, xadrez, banco imobiliário), resumindo: há COMUNHÃO! Há um mistério que se revela quando pessoas se reúnem em volta de uma mesa: há união, entrosamento e compartilhar. Parece que ao redor da mesa sempre há conexão e existe algo que todos compartilhamos: a necessidade de nos conectarmos.
Voltando ao assunto da comida na mesa, já parou para pensar no porquê Deus fez o corpo de modo a necessitar de alimento diário? Notou que na conhecida e exemplar oração do "Pai Nosso", Jesus nos instrui a rogar ao Pai pelo "pão nosso de cada dia" (Mateus 6:11)? O corpo poderia perfeitamente ter sido projetado para se alimentar uma vez por mês ou por ano. Com que propósito o Criador formou nosso corpo com necessidade de alimentação? Creio que parte desse propósito se dá no fato de que a mesa inclui muito mais que uma nutrição física, é um momento de oportunidade para expressar nosso agradecimento por Sua provisão e ter comunhão com os amados que conosco se assentam para refeição.

Antes de morrer, Jesus celebrou a ceia com Seus discípulos e disse: Fazei isso em memória de mim. Fazer o quê? O que eles estavam fazendo? Comendo juntos! O Salvador queria que recordássemos de quê? Da esperança, redenção, de que não importam os problemas e tribulações que enfrentemos, Ele pode solucioná-los e quer ver Seu povo lembrando-se daquilo que Ele proveu. 

É interessante que depois da morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu nós não vemos os discípulos nenhuma vez fazendo o tão comum ritual da ceia (pão e vinho) que vemos sempre nas igrejas. Não me entendam mal, eu concordo totalmente com esse ato e reconheço seu valor! Contudo, no livro de Atos (o livro que mostra como os discípulos passaram a viver depois que Jesus se foi) mostra que eles comiam sempre juntos.
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:42-47


Uma década de estudos recentes mostrou que comer junto em uma atmosfera edificante pode estabilizar emoções, criando confiança pessoal e operando cura da alma, formando vínculos nos relacionamentos humanos. E como seria bom se sempre que nos reuníssemos para uma refeição nos recordássemos do sacrifício de Jesus e reconhecêssemos Seu amor, Sua graça e Sua presença acolhedora, curadora, perdoadora e gloriosa continuamente à mesa a nos abençoar!



“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Apocalipse 3:20

Um comentário:

  1. Aqui a mesa fica na sala, geralmente acabamos comendo no sofá, para comermos mais aconchegados. Algumas mesas me dão medo.

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