quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cura-me

"Ah, Senhor, como desejo viver em abundância, sonhos, projetos!

E, planos são feitos e desfeitos em fração de segundos; segundos que duram meses e anos, mas que parecem um minuto.

Quero a eternidade, mas não consigo nem administrar minha realidade.

Impaciência, desejos desenfreados, sonhos consumistas e fora de propósito.

Ah, Senhor, como quero viver as bênçãos, mas não quero passar pelo processo da cura.

A cura traz dor, sofrimento.

Quero ser autossuficiente, mas também quero o livramento.

Quero o amor, mas não quero dar o amor. Um sentimento egoísta invade meu peito, quando me sugeres que divida o que me é precioso, o meu tempo.

Quero a tua luz, mas não quero ser a luz, porque isso me custa uma mudança de caráter, mas sei que o caráter aprovado só vem por meio da cruz.

Ah, Pai, quão miserável sou!

Quando a morte desejo, Tu me fazes lembrar de que o céu não é lugar de refugiado, e sim de quem já acabou.

Como posso terminar algo que nem sei como começar?

Mas para perguntar, me custa algo de precioso: o meu tempo...

Tempo?
Quanto tempo ainda me resta?
Quanto tempo já passou, e eu aqui?
O que me impede de Te buscar, senão eu mesma?

Sua luz me inunda e diante dela me encontro nua.

Seu amor me revela quem de fato sou.

Não quero suas bênçãos, quero apenas que me cure.

Não preciso ser abençoada, preciso ser curada, porque à medida que me curas e entendo teu imenso amor, tudo o que conquistou por mim na cruz se materializa no natural.

A cura abre os olhos, tira as escamas.

A cura restaura a essência e revela meu verdadeiro DNA.

A cura me faz entender que sou filha do Rei, ela me liberta, faz do horrível, a coroa de glória.

Essa cura...

Ah, doce cura: Jesus Cristo!"


Luana Valim

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